O dólar comercial encerrou a terça-feira, 5 de agosto de 2025, em leve alta, refletindo a cautela dos investidores diante das incertezas internacionais e do aumento da aversão ao risco nos mercados globais. A moeda americana avançou 0,19% e fechou o dia cotada a R$ 5,5113, após oscilar entre R$ 5,48 e R$ 5,52 ao longo do pregão.
No mercado futuro, o contrato mais líquido para agosto também subiu, sinalizando a manutenção da cautela nos próximos dias. O movimento foi influenciado por preocupações com as novas tarifas comerciais dos Estados Unidos sobre produtos de parceiros estratégicos, além de dados fracos vindos da Europa e da China, que reforçaram o temor de desaceleração econômica global.
No Brasil, o dia foi de liquidez moderada, mas a atuação de investidores estrangeiros ajudou a conter uma pressão maior no câmbio. Parte do capital segue entrando para aproveitar os juros ainda elevados e o apetite por títulos atrelados à inflação. Apesar disso, a força do dólar frente a moedas emergentes pesou sobre o real, que não conseguiu sustentar os ganhos da véspera.
A bolsa brasileira não teve o mesmo alívio. O Ibovespa recuou 0,72%, fechando aos 138.114 pontos, pressionado pelas quedas de ações ligadas às commodities e aos bancos. O desempenho de empresas como Petrobras e Vale foi prejudicado pela instabilidade no preço do petróleo e do minério de ferro.
A queda do principal índice da B3 ocorre após dois dias consecutivos de altas e reflete um ajuste técnico aliado ao clima de preocupação no exterior. Investidores também seguem acompanhando os desdobramentos da política fiscal brasileira e os próximos passos da equipe econômica, especialmente após a decisão do STF de validar parcialmente o decreto do IOF.
No cenário de juros, as taxas futuras fecharam estáveis ou com leve queda, refletindo a perspectiva de início do ciclo de corte da Selic no final do ano, sustentada por dados ainda fracos do varejo e da produção industrial.
Tabela – Resumo do mercado em 05/08/2025
Indicador |
Valor |
Variação do dia |
Dólar comercial (venda) |
R$ 5,5113 |
+0,19% |
Ibovespa |
138.114 pontos |
-0,72% |
Ação com maior alta |
Magazine Luiza |
+4,21% |
Ação com maior queda |
Petrobras PN |
-2,87% |
Volume negociado na B3 |
R$ 17,4 bilhões |
— |
Contrato DI jan/2026 |
14,90% ao ano |
Estável |
* Com informações das fontes: Banco Central do Brasil, B3, Ipeadata, Valor Econômico, Broadcast, CMA Info, Reuters Brasil. Dados verificados até as 18h10 de 5 de agosto de 2025.