Para combater "bailes funk", a Prefeitura de Diadema, na Grande São Paulo, comprou um drone por R$ 365.313,60 sem a realização de uma licitação, o que gerou críticas por parte da oposição.
A gestão do prefeito Taka Yamauchi (MDB) justificou que a contratação foi realizada por inexigibilidade de licitação, pois apenas um fornecedor poderia atender a demanda por se tratar de uma tecnologia única no Brasil.
O drone vai ser usado pela Guarda Civil Municipal de Diadema no monitoramento aéreo remoto, e tem capacidade de lançar bombas de gás lacrimogêneo. O equipamento faz parte do programa Diadema Segura.
A aquisição do drone da empresa Condor S/A Indústria Química consta do site da Transparência da Prefeitura de Diadema.
Com o novo equipamento, a prefeitura pretende aumentar o combate aos “pancadões”, nome dado às festas periféricas que usam diversos sistemas de som em volume alto.
“Além do barulho excessivo e do desrespeito às regras de convivência, essas aglomerações frequentemente estão associadas à comercialização de produtos ilícitos, consumo de drogas e outras práticas que colocam em risco a segurança dos moradores”, explica a prefeitura.
A vereadora da oposição Patrícia Ferreira (PT) criticou a nova aquisição e as ações de combate aos "pancadões". “O atual prefeito adotou o combate aos bailes funks como se fosse a única política de segurança pública da cidade. Sem diálogo com a juventude, com as comunidades e sem oferecer nenhuma alternativa cultural”, disse a vereadora em suas redes sociais.