Nesta terça-feira (15), às 17h, o dólar comercial fechou em queda de 0,48%, cotado a R$ 5,5595, interrompendo uma série de quatro dias consecutivos de alta.
O recuo foi influenciado por um mix de fatores: dados de inflação nos EUA dentro do esperado, o que reforça apostas num corte de juros do Federal Reserve em setembro, e uma moderação na tensão comercial global — apesar das recentes ameaças tarifárias do governo Trump contra o Brasil.
Ibovespa: sinal de alívio, mas sem celebração
O Ibovespa apresentou leve melhora e encerrou com alta discreta de 0,04%, aos 135.250,10 pontos. Foi o sétimo pregão seguido de volatilidade, mas o índice conseguiu se afastar de uma nova queda consistente — sinal de que investidores ajustam as expectativas.
O volume negociado ficou em torno de R$ 16,2 bilhões, dentro da média histórica.
Entenda os movimentos
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Dólar: o movimento de correção veio depois de dias seguidos de valorização expressiva. Como explica a Reuters, “alguns agentes aproveitaram para realizar lucros”.
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Inflação nos EUA: o CPI de junho avançou 0,3%, em linha com expectativas. Isso reforça a tese de que o Federal Reserve deve reduzir juros em setembro, pressionando o dólar globalmente .
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Bolsa: o Ibovespa andou de lado. A notícia do dólar mais fraco e possível alívio externo animou traders, mas ainda há cautela com as tarifas e a resposta do Brasil.
Cenário externo e fluxo de recursos
O real ganhou força apesar de o dólar permanecer firme no exterior. A razão? moedas emergentes reagindo bem aos dados americanos .
"A queda do dólar por aqui mostra que o mercado vê espaço pra um respiro — mesmo com o risco global ainda presente", avalia um economista ouvido pela Reuters.
O que vem por aí
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O mercado vai monitorar com atenção a resposta do governo Bolsonaro/Lula às ameaças tarifárias dos EUA — qualquer passo formal pode gerar ruído no câmbio.
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Nos EUA, a próxima leitura do CPI e o resultado da reunião do Fed definirão se o dólar mantém força ou recua ainda mais.
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No mercado local, o Tesouro Direto e os contratos de DI são os termômetros da percepção fiscal — investidores buscam proteção no Brasil, mas com dose de precaução.
Resumo do fechamento:
Indicador |
Fechamento (15/07) |
Dólar comercial |
R$ 5,5595 (–0,48%) |
Ibovespa |
135.250 pts (+0,04%) |
Volume na B3 |
~R$ 16,2 bi |
O dia mostrou que, mesmo com tensão externa, os mercados locais conseguiram respirar. A chave agora é ver se esse momento de calma vai durar — com os fatores externos e locais ainda imponentes no radar dos investidores.
* Com informações da Reuters, CNN Brasil e dados de mercado.
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