"> Fed reduz taxa de juros em 0,25 ponto e sinaliza cortes contínuos nos EUA

 

Internacional - 17/09/2025 - 10:24:30

 

Fed reduz taxa de juros em 0,25 ponto e sinaliza cortes contínuos nos EUA

 

Da Redação .

Foto(s): Divulgação / Arquivo / Flickr

 

O Federal Reserve anunciou corte de juros para 4% a 4,25%, primeira redução desde 2024, refletindo preocupação com crescimento e mercado de trabalho, e projeta novos cortes gradativos até o final do ano.

O Federal Reserve anunciou corte de juros para 4% a 4,25%, primeira redução desde 2024, refletindo preocupação com crescimento e mercado de trabalho, e projeta novos cortes gradativos até o final do ano.

O Federal Reserve (Fed) cortou a taxa básica de juros dos Estados Unidos em 0,25 ponto percentual, levando o intervalo para 4% a 4,25% ao ano. A decisão, anunciada em 17 de setembro de 2025, foi a primeira redução desde dezembro de 2024 e sinaliza a intenção do banco central de manter um ritmo constante de cortes nas próximas reuniões até o fim do ano. Essa ação reflete a preocupação crescente dos formuladores de política monetária com a desaceleração econômica e o aumento do desemprego, mesmo diante da persistência da inflação.

A redução parcial na taxa básica de juros ocorre em um contexto no qual as autoridades do Fed passaram a priorizar o estímulo ao crescimento e a proteção do mercado de trabalho. As projeções divulgadas pelo comitê indicam pelo menos dois novos cortes de 0,25 ponto percentual nas próximas reuniões de 2025. O movimento de flexibilização monetária contrasta com o histórico recente de elevações e estabilizações da taxa, que vinha sendo mantida para conter pressões inflacionárias.

O mercado internacional reagiu ao anúncio do Fed refletindo movimentos nas taxas de câmbio e fluxos de capitais. A decisão tende a reduzir o diferencial de juros entre os Estados Unidos e outras economias, influenciando as cotações do dólar frente a moedas como o real brasileiro, o yuan chinês, o dólar canadense, a libra esterlina, o euro e o iene japonês. Adicionalmente, fatores como o cenário político-comercial global, a evolução das cadeias produtivas e o desempenho dos indicadores econômicos locais também reagiram à política monetária americana, mantendo o dólar em variações que indicam certa cautela dos investidores.

E a seguir, tabela com os diretores e presidente do Fed, seus nomes, posições e indicações:

Nome Posição Indicação
Jerome Powell Presidente do Fed Indicado por Donald Trump, empossado em 2018
Philip Jefferson Vice-presidente Indicado pelo presidente dos EUA, mandato renovado
Michelle Bowman Diretora Nomeada no primeiro mandato de Trump
Christopher Waller Diretor Nomeado no primeiro mandato de Trump
Stephen Miran Diretor Indicado por Trump em 2025, mandato tampão até jan/2026

Esses membros são parte do Conselho de Governadores do Federal Reserve, sendo indicados pelo presidente dos Estados Unidos e confirmados pelo Senado, cumprindo mandatos escalonados de 14 anos, com exceção do presidente e vice que têm mandatos de 4 anos. Stephen Miran foi a indicação mais recente, tomando posse em setembro de 2025.

Segue o gráfico em linha da evolução da taxa básica de juros do Fed nos últimos 12 meses, destacando o corte de 0,25 ponto percentual ocorrido em setembro de 2025:

Evolução da taxa básica de juros do Fed nos últimos 12 meses com corte em setembro de 2025

Evolução da taxa básica de juros do Fed nos últimos 12 meses com corte em setembro de 2025

A tabela abaixo resume a cotação do dólar e sua variação mensal em relação a algumas moedas selecionadas na data da reunião do Fed, 17 de setembro de 2025:

Moeda Cotação do Dólar (em moeda local) Variação Mensal (%)
Real (BRL) 5,5662 R$ -2,10
Yuan Chinês (CNY) 7,2374 CNY -0,50
Dólar Canadense (CAD) 1,3417 CAD +0,30
Libra Esterlina (GBP) 0,7138 GBP +0,70
Euro (EUR) 0,9233 EUR -0,20
Iene Japonês (JPY) 144,50 JPY -1,00

A porcentagem decorre de movimentos observados no último mês em torno da data do anúncio da decisão do Fed, refletindo expectativas e reações dos mercados globais à política monetária americana. A queda da cotação do dólar frente a moedas como o real e o yuan indica, neste período, um enfraquecimento relativo da moeda americana, alinhado ao estímulo monetário e ao cenário econômico mais cauteloso nos EUA.

A recente decisão do Fed deve ser lida à luz dos principais indicadores econômicos americanos, que apontam para uma desaceleração do crescimento e certa fragilidade no mercado de trabalho, especialmente após dados que sinalizam aumento no desemprego. Embora a inflação se mantenha acima da meta desejada, a prioridade atual da política monetária é evitar que o ritmo mais lento da economia se transforme em recessão.

No panorama externo, o dólar é impactado por fatores adicionais, como o relacionamento comercial dos Estados Unidos com seus parceiros, tensões geopolíticas e a postura de outros grandes bancos centrais. A expectativa de novos cortes nos juros deve manter o dólar sob pressão frente a moedas de economias emergentes que apresentem fundamentos estáveis e atratividade para investidores estrangeiros.

A continuidade no corte gradual da taxa de juros americana representa uma mudança de foco da autoridade monetária, que há pouco tempo posicionava-se sobretudo em combate à inflação. Agora, o movimento visa sustentar o balanço entre o controle inflacionário e a necessidade de apoiar o crescimento econômico, o que poderá trazer implicações para investimentos, comércio exterior e fluxos financeiros globais nos próximos meses.

(*) Com informações das fontes: G1, Agência Brasil, CNN Brasil, Exame, Infomoney, Levycam, Wise, e dados oficiais do Federal Reserve e mercado cambial internacional.

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