O amistoso entre Japão e Brasil registrou uma virada emblemática na manhã desta terça-feira em Tóquio, com o time brasileiro abrindo vantagem inicial de 2 a 0 e sofrendo a reação japonesa no segundo tempo, que venceu por 3 a 2. A partida destacou tanto a evolução do futebol japonês quanto a estratégia do técnico Carlo Lancelotti, que promoveu mudanças significativas no time titular, fato que gerou debates sobre as consequências das decisões táticas adotadas.
O Brasil controlou a primeira etapa e marcou com gols de Paulo Henrique e Martinelli, dominando o jogo até o intervalo. No entanto, a equipe sofreu alterações consideráveis após a pausa, seis substituições no segundo tempo, que impactaram a estabilidade defensiva. O erro decisivo do zagueiro Fabrício Bruno abriu caminho para os japoneses, que aproveitaram a falha para encostar no placar e, posteriormente, conquistar a virada com gols de Minamoto, Nakamura e Ueda.
A análise favorável à atuação de Lancelotti destaca o contexto de preparação para o ciclo da Copa do Mundo de 2026. O treinador buscou utilizar a oportunidade para testar formações, observar o desempenho individual e coletivo de jogadores ainda em avaliação e adaptar a seleção a diferentes cenários. Essa abordagem visa assegurar um leque mais amplo de opções táticas para o futuro, valorizando a experimentação em jogos amistosos para corrigir falhas antes de competições oficiais.
Em contraponto, críticas concentraram-se na indecisão e na quantidade de modificações feitas em um momento em que a equipe liderava a partida. A substituição brusca de metade do time e ajustes táticos foram vistos como fatores que desarticularam o sistema defensivo e tornaram o Brasil vulnerável a uma pressão crescente e organizada dos adversários. Para críticos, houve falta de prudência em preservar a vantagem e a consistência durante a reta final do confronto, o que custou caro ao resultado.
Além disso, a derrota tem um simbolismo forte, pois representa a primeira vitória do Japão contra a seleção brasileira principal, ressaltando tanto o crescimento técnico do futebol japonês quanto a necessidade de ajustes na condução da equipe canarinha. A postura de Lancelotti reflete a complexidade do processo de renovação e as dificuldades de encontrar equilíbrio entre experimentação e manutenção de resultados.
O amistoso traz aprendizados importantes para o comando técnico do Brasil, que deve refinar suas estratégias para manter a competitividade diante dos principais rivais internacionais. A seleção busca retomar a trajetória vitoriosa, ajustando seu estilo e aproveitando a experiência adquirida nesta derrota emblemática.
(*) Com informações das fontes: UOL, CNN Brasil, ESPN, Globo Esporte, Lance!
